O setor varejista está acostumado a receber inovações em
suas lojas. Diariamente novos produtos, novos formatos e novas tecnologias são
colocados à prova em suas lojas.
Porém, algo de novo vem acontecendo longe de gôndolas,
prateleiras e cabides. A revolução está no sofá de casa, dentro do carro, durante
a caminhada no parque, em qualquer lugar e momento. A revolução do varejo está
acontecendo em tempo real. Nunca antes, a tecnologia permitiu mudanças tão
grandes e profundas na forma de realizar nossas compras.
Os consumidores estão redescobrindo as marcas, melhorando
suas experiências de compras e comprando mais por meio da tecnologia.
As redes sociais, assim como a facilidade de acesso à
internet por dispositivos móveis fortalecem esse novo cenário. Os smartphones
passam de apenas um “facilitador de acesso à informação” à condição de
ferramenta de vendas e relacionamento. Os consumidores podem comprar quando e
onde quiserem.
O desenvolvimento do mobile
commerce e seus novos hábitos de compra são os maiores desafios que o setor
varejista terá que enfrentar, alterando sua forma atual de desenvolvimento de
seus negócios.
A partir do momento em que os consumidores não precisam ir às
lojas para realizar suas compras, a estratégia deve ser revista. A lealdade
está diminuindo quando o consumidor experimenta o uso de uma nova ferramenta de
compra e ela funciona e facilita sua vida.
Um exemplo brasileiro é a forma como hoje podemos comprar
ingressos de cinema. Se há pouco tempo atrás, enfrentávamos filas e não poderíamos
escolher o assento, hoje compramos o ingresso, escolhemos o lugar e recebemos esse
ingresso em nossos celulares enquanto caminhamos na praia.
Com todas essas mudanças, está surgindo um novo modelo de
varejo denominado “omni channel retailing”
– um varejo evoluído ao ponto de atuar de forma simultânea e integrada em todos
os pontos de contato de vendas – lojas físicas, no computador, nos smartphones,
na televisão ou em catálogos. A informação e análise de todos os dados gerados
a partir dessas interações são críticas para a competição no varejo.
O Walmart já está implementando, em alguns estados norte-americanos,
um projeto piloto para realizar a
entrega no mesmo dia em que o consumidor realiza a compra digital (seja na
internet ou pelo smartphone). Para se tornar possível, suas lojas físicas irão
funcionar com uma dupla função – atuar como lojas de varejo e também como minidepósitos
para as entregas locais. Essa estratégia pode funcionar bem, pois 60% dos norte-americanos moram a menos de
10 km de uma das 4.004 lojas do gigante varejista.
A capacidade das lojas em gerenciar suas iniciativas de
comunicação, ofertas, promoções, logística e estoques de maneira integrada,
será fundamental para o futuro e a evolução do varejo. Os estudos mostram que o
consumidor “omni” consome cinco vezes
mais que o consumidor de lojas físicas e ele espera por essas mudanças com o
celular nas mãos.
O grande desafio das empresas varejista será como elas irão
se adaptar a essa nova realidade e de forma continua se conectar com seus
consumidores.
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